segunda-feira, 23 de agosto de 2010

É por isso que se chama Graça!

Gente,

Durante um garimpo no youtube achei este vídeo sobre um tema muito discutido nas igrejas; Graça.

Achei muito coerente com algumas percepções que tenho, então quero dividir com vocês.

Fiquem à vontade para dar seus pitacos!



Amplexos!

JC.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A capela dos mortos

Na madrugada de 16.08 adormeci e tive um sonho, de tão real que era só soube ser sonho quando despertei na manhã do mesmo dia.
Meu estado era de completa imersão, como uma criança que acaba de sair do ventre da mãe, levei alguns minutos para me estabilizar, fiquei inerte, com a mente confusa tentando entender o que havia visto e sentido.
Confesso que até agora não sei o significado do que sonhei, talvez nem tenha significado, ou seja, poderia apenas ser uma projeção dos acontecimentos do meu dia, como uma versão dos fatos reais que me cercam.
Enfim, seja o que for, me deixou muito impactado.
Sendo assim, vou narrar o sonho como um filme, quem sabe tal qual José, alguém o possa desvendar.

Antes de iniciar a experiência, preciso informá-los de que no sonho, eu me via em terceira pessoa, ou seja, me via estando “fora de mim”.


O SONHO

A CAPELA DOS MORTOS
(título que inseri por percepção)


Eu estava de frente para uma pequenina capela, toda feita de madeira, com a pintura branca já desgastada pelo tempo. No alto dela, pendurado um sino antigo.
Esta capelinha estava no meio do nada, era como se tivesse sido construída no deserto, isto me levou a crer que se tratava de um local abandonado.
O sol estava alaranjado, era por volta das cinco horas da tarde talvez, isto fez com que a minha visão estivesse ofuscada, já que o sol estava contrário a mim.

Uma voz de homem, que não ouvia com ouvidos, mas sim na consciência me disse:
- Entre lá.

Caminhei alguns passos e neste momento o sonho sofre um corte e na cena que se segue já estou dentro da Capelinha.
Apesar do tamanho minúsculo que o prédio tinha visto pelo lado de fora, estando dentro o espaço era imensamente maior.
Era como uma catedral, havia mais de mil pessoas sentadas, o interior todo em madeira muito bem trabalhada, uma bela escada com corrimão entalhado levava ao andar superior da capela.
Nos corredores muitas flores vermelhas e brancas, não havia tapete, olhei o chão procurando um não sei porquê.
No fundo da igreja, atrás do altar havia um órgão antigo, de tubos, e uma moça de cabelos médios e claros sentada pronta para executar uma música.
Neste momento eu me perguntei, tendo certeza do que afirmava (na minha consciência):

- Vai acontecer um casamento, mas cadê a noiva e o noivo?

Eu estava muito confuso porque não entendi como haveria uma cerimônia ali sem que os dois personagens principais estivessem presentes.
No entanto, as pessoas estavam sentadas olhando para frente como se a liturgia fosse mesmo começar.
Neste momento, a moça toca um acorde com muita força, de modo que o som dos tubos do órgão é quase ensurdecedor.
Quando a música atingiu notas mais altas, aconteceu o que para mim foi uma das mais impactantes visões.

Eu, que via tudo como um filme na terceira pessoa, entrei no meu corpo de modo que agora via com meus próprios olhos.

Neste momento de clímax da música os espíritos de todas as pessoas dentro da capela começaram a soltar-se de seus corpos físicos.
Eu via quando uma projeção semi-transparente da pessoa saia de dentro dela, deixando o corpo assentado, era como uma cópia física porém sem roupas.
Impossível dizer os detalhes, pois eram simultaneamente centenas de pessoas.
Estes espíritos, todos eles, passavam próximos aos tubos do órgão e impulsionados pela música deles subiam ao teto da igreja, desaparecendo.
Quando o último espírito (de uma mulher com cabelos longos) passou perto do órgão, a voz do homem que havia me mandado entrar na capela, me disse:

-Olhe aquilo!

Neste momento minha visão foi ampliada, como se eu visse a cena do espírito da mulher em câmera lenta e muito bem focada.
Enquanto o espírito da mulher, o último, passava perto do órgão, a moça que o tocava estendeu sua mão direita para cima, de modo muito natural, como se soubesse que seria levada juntamente com os demais.
Notei que ela nem mesmo olhou para o espírito, mas apenas, tocando com a mão esquerda nas teclas do órgão, manteve-se concentrada na música, enquanto que com a direita esperava o toque que a levaria.
Durante o acontecimento da cena, que apesar de rápida, na minha visão acontecia num ritmo muito lento, a voz falou novamente:

-Olhe! Olhe!

Foi aí que vi, quando a mão do espírito da mulher se fecha para agarrar a moça que estava a tocar o orgão, seus dedos vazam por entre os dedos da outra.
Lembro de ter pensado:

“Porque só ela ficou viva?”

Neste instante a música parou, o sonho se foi, e eu despertei.

Jonathas Chagas.