quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Sacrifício que anulou os "sacrifícios".

O sumo-sacerdote era um exemplar quase perfeito de ser-humano. Ao menos fisicamente ele era impecável, não tinha defeitos.
Seu cotidiano era regrado, e construído na esteira da auto-negação e privação daquilo que aos outros seria tratato como "coisa normal".
Ele era quem fazia a representação do povo simples e comum diante de Deus, era o filtro por onde o Eterno falava, separado para Ele, pontífice.
Não bastava querer ser sumo-sacerdote, pois além dos requerimentos já citados, ele deveria ter genealogia pertencente à Arão.
Mas, sempre tem um "mas", correto!?
Ele era pecador, como os "comuns" da sociedade, e antes de oferecer sacríficio pelo povo, tinha que purificar-se a si mesmo de sua próprias mazelas.
Aos Hebreus mostra bem isto:
9:7 - Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
Entrar sem antes purificar-se era o mesmo que saltar de pára-quedas sem o pára-quedas. Seria esmagado pela gravidade da Glória do Todo-Poderoso.
Ok. Feito o sacrifício e Deus o tendo recebido, o povo respirava aliviado.
Por pouco tempo. Muito pouco tempo.
O problema dos sacrifícios é que não havia produção de consciência, tanto para o sumo-sacerdote quanto para o povo, conforme Hebreus 9.9, não havia crescimento em Graça e conhecimento.
Era uma matança de bichos, que não produzia vida plena, alegria. No máximo uma pacificação momentânea que protelava a Ira santa do Eterno.
Não por causa de Deus, mas sim pelo homem, que ao pecar desfazia o sacrifício do pobre cordeirinho, vez após vez.
Mas.............e Graças por este "mas":
"12 - ...vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,

13 - Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.

14 - Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?

15 - E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna."
Em Cristo somos santificados, aliás nada pode ser alcançado sem que seja nEle.
O sacrifício dele é perene, Ele está vivo e continua sendo a garantia de nossa herança eterna.

"24 - Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;"


Agora nosso sacrifício é crêr nisso e descansar.

ESTA CONSUMADO.



E quem disse isto, não estava mentindo.




Nele, que é aquele que não achando nos céus e na terra alguém por quem jurar, jurou por si mesmo.


Jonathas Chagas.

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