Para aqueles que têm síndrome de auto-justificação Hebreus é uma pedrada na cabeça. E dói de um tanto!
Quantas vezes me bestializei, me ensoberbeci na presunção da piedade, no legalismo disfarçado de "zelo".
As vezes me auto-justifiquei através de orações longas, lágrimas e gemidos. Ressalto que não sou nada contra o quebrantamento e o arrependimento desde que a nossa motivação seja de fato verdadeira e não apenas uma manifestação de "tirar Deus da consciência".
Sou e continuo sendo um destes "corações de manteiga". Emotivo ao quadrado.
É preciso entender que por muitas vezes usamos o sofrimento por ter pecado como ferramenta de auto-justificação. Sendo assim, o sujeito levanta da oração "sentindo-se perdoado" porque chorou, berrou, rasgou as vestes.
E se não chorar? Não há perdão. (é a resposta lógica)
Alguns dizem:
"Você deve sentir o perdão!"
Ah, ok. Como é este sentimento? Queima? É frio? Faz cócegas? Há um vento? Um sopro? Uma voz falando?
O problema é Hebreus, lá esta escrito:
1:3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
Para mim, basta orar crendo que Ele consumou em si mesmo a purificação dos meus pecados.
Peco ainda, porque sou pecador.
Sou chamado de Santo NELE. Um santo pecador....
Não são as lágrimas e os jejuns que produzem meu perdão, mas sim a fé que toma posse daquilo que já está feito por ELE !
Por favor, jejuemos sim, oremos.
Mas nunca como instrumento de barganha, esperando que isso vá convencer Deus sobre minha vontade, meus planos e meus sonhos.
Deus não precisa disto.
Nele, que visita meu "nada" e se torna meu tudo.
Jonathas Chagas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário