terça-feira, 12 de agosto de 2008

Deus contém todas as Igrejas, mas todas não O contém.



"Deus contém todas as coisas porém nada O contém" Santo Agostinho.

Meus "pedregulhos", aqui estou eu novamente!! (esperançoso)
E não foi que pra minha espantosa alegria tinham duas pessoas atrás da pedra? (aquela pra quem eu falei ontem...rs). Um abraço carinhoso aos pioneiros-companheiros-corajosos ; Huldyana Paiva (primeira comentarista do "cristaomaltrapilho"!!) e Héber Lima, obrigado pelos encorajamentos!

Outro dia observei esta foto dezenas de vezes, procurando um centelho de Graça, algo que se revelasse pra mim como sendo Palavra de Deus.

Um peixe, preso dentro de uma jarra de vidro, na beira do mar. Não vejo Graça, vejo Religião.

Santo Agostinho foi um cara que derrubou muitos muros que haviam dentro de mim, acho que estes muros não eram tão fortes como achei que fossem. Eu rotulava a Deus, colocava nEle um limite de atuação, uma placa de Igreja, atribuia a Ele jargões infantis e resoluções infundadas, figurava-o hora como um Pai bondoso, hora como um velho barbudo iracundo. Via Deus ao meu modo, e isto variava de acordo com as estações da minha alma, as oscilações do meu caráter e medos existências.

A Religião tem sua parcela de culpa, mas assumo meu conformismo, que por muito tempo permitiu que enxerga-se o mar imensamente navegável que é Deus, à partir de um prisma limitado por paredes, tijolos, liturgias, formas de culto, moda (costumes) e dieta (não coma isso, não beba aquilo!).

Na jarrinha da Religião pode até haver água para o peixinho não morrer, mas obstante isto, não há espaço pra nadar, pra viver. Ali dentro existe um pedaço do mar, alguns poucos litros, mas que depois de um tempo se tornam água morta, porque não há fluxo, não há Vida.

As paredes da Religião são de vidro, nos permite sermos vistos, nos permite ver, mas não nos permite interagir com o mundo externo. Dietrich Bonhoeffer em O Discipulado conta que o maior surto de Lutero foi quando, diante da manifestação da Graça de Deus, mediante o conhecimento da justificação que só encontramos em Cristo pela Fé, ele "descobre" que a Igreja como instituição histórica era "mundo", e que ele não deveria se conformar com este mundo, mesmo sendo igreja.

Somos o sal e a luz do MUNDO. Enquanto nos reunirmos na igreja, pra lembrarmos uns aos outros que "não devemos ser como o mundo", tendo como premissas o "não cortar o cabelo como o mundo", "não vestir roupas do mundo" e "não ouvir música do mundo" então de nada serviremos, senão para sermos "jogados no chão e pisados pelos homens" . O sal no saleiro não tempera com sabor de vida o mundo, tampouco luz debaixo da mesa ilumina a casa.

Estoque 1 kilo de sal por 10 anos, depois o use para temperar "aquela" Picanha maturada. Não me chame pra comer, não gosto de carne sem sabor....rs

Seu servo inútil,

Jonathas Chagas

3 comentários:

Héber Lima disse...

Querido, vc por um acaso não já teria lido "É proíbido" do Pr. Ricardo Gondim, teria? xD

Mas é tudo verdade. A religião limita... ela é cheia de regras feitas por homens, e não por Deus...

Quando paramos de amar uma igreja, dogmas, filosofias, regras e instituições e passamos a amar a Cristo, as coisas mudam...

O post inclusive me lembrou de alguns aspectos "misticos" da coisa toda... Afinal, teoricamente a era de Peixes terminou e atualmente nos encontramos na era de Aquário...

O Aquário que prende o peixinho.

Seria a religiosidade o nosso aquário?

Nos E.U.A. a igreja como corpo, tem cada vez mais perdido credibilidade e fieis devido as igrejas como instituições...

Vale refletir.

Mas, essa é uma discussão muito polemica, afinal, o próprio Cristo quis sinalizar o fim da religiosidade quando rasgou o véu do Santo dos Santos, mas, Ele mesmo, também instituiu a autoridade dos apostolos, e esses, dos diacanoso, presbiteros...

Então, temos que pedir muita sabedoria ao Pai, para que não fiquemos presos no aquário, mas também, não nos tornemos rebelde contra Ele, que é o Pescador de Homens.

Fica com Deus amado! O Senhor te olha com carinho...

Minas Jornalistas disse...

Bem, primeiramente quero dizer que não tem o que agradecer.
Nós temos crescido e aprendido uns com os outros. É muito bom ler coisas boas e ver que tem gente que está utilizando o "falar", o "escrever" para servir a Deus!
Fiquei muito feliz em ter sido a primeira! ^^

Sim, é verdade! Muitas igrejas têm se prendido à religiosidade e não a Cristo. Nós criamos regras, com o passar do tempo, que só nos prendeu, reprimiu, regras essas que Cristo não ordenou.

Mas é preciso ter cuidado, já que Cristo instituiu a igreja, bem como seus dirigentes. Precisamos saber separar a linha tênue entre a liberdade em Cristo e a rebeldia às hierarquias e líderes da igreja.
Afinal, é uma forma de amor orarmos para que Deus transforme as mentes e corações e não causar dissensão.

Precisamos saber ser livres em Jesus sem nos misturarmos com as iniqüidades do mundo, sendo sal e luz, transformando as vidas no nome de Jesus!

Excelente texto!

Deus continue te inspirando!
;]

A Paz.

Sim, a gente te add no nosso blog!

Felipe Cardoso disse...

Caro amigo e irmão..mais irmão q amigo..rs
Posso resumir tudo em uma única palavra???
'CÂNCER'
É isso o que a religião é pra mim e foi exatamente isso que seu texto ratificou..não posso ver de outra maneira algo que delimita, que deforma a graça de Deus..Amei seu texto, pricipalmente na parte em que vc diz q a religião nos limita à um conhecimento da graça mas não nos permite nadar nela..assim como o peixe na jarra..louvo ã Deus q muitas vezes com vc e atravez de vc, tenho podido dar altos mergulhos nessa graça o que signfica dizer que quanto mais pecador me vejo, mais fundo preciso nadar nesse oceano sem fim chamado graça que ao contrário da religião, não nos mata afogados, não nos sufoca...
Te amo muito meu amigo, irmão, e conpanheiro de caminho...
Nele que é o caminho...graça e paz..agora vou dormir..
Felipe Cardoso