terça-feira, 4 de novembro de 2008

UM CONVITE À DOCE REVOLUÇÃO

Tese Reformada Contemporânea:

Artigo 1 - Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 - Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 - Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.

Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 - Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.

Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 - Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silêncio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 - Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.

Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.

Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 - Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.

Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 - Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.

Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16- Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 - Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 - Amém!

Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

SANTO PECADOR.

Ora, ora...

Para aqueles que têm síndrome de auto-justificação Hebreus é uma pedrada na cabeça. E dói de um tanto!

Quantas vezes me bestializei, me ensoberbeci na presunção da piedade, no legalismo disfarçado de "zelo".

As vezes me auto-justifiquei através de orações longas, lágrimas e gemidos. Ressalto que não sou nada contra o quebrantamento e o arrependimento desde que a nossa motivação seja de fato verdadeira e não apenas uma manifestação de "tirar Deus da consciência".
Sou e continuo sendo um destes "corações de manteiga". Emotivo ao quadrado.

É preciso entender que por muitas vezes usamos o sofrimento por ter pecado como ferramenta de auto-justificação. Sendo assim, o sujeito levanta da oração "sentindo-se perdoado" porque chorou, berrou, rasgou as vestes.

E se não chorar? Não há perdão. (é a resposta lógica)

Alguns dizem:

"Você deve sentir o perdão!"

Ah, ok. Como é este sentimento? Queima? É frio? Faz cócegas? Há um vento? Um sopro? Uma voz falando?

O problema é Hebreus, lá esta escrito:


1:3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;

Para mim, basta orar crendo que Ele consumou em si mesmo a purificação dos meus pecados.

Peco ainda, porque sou pecador.

Sou chamado de Santo NELE. Um santo pecador....
Não são as lágrimas e os jejuns que produzem meu perdão, mas sim a fé que toma posse daquilo que já está feito por ELE !
Por favor, jejuemos sim, oremos.
Mas nunca como instrumento de barganha, esperando que isso vá convencer Deus sobre minha vontade, meus planos e meus sonhos.
Deus não precisa disto.
Nele, que visita meu "nada" e se torna meu tudo.
Jonathas Chagas.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Sacrifício que anulou os "sacrifícios".

O sumo-sacerdote era um exemplar quase perfeito de ser-humano. Ao menos fisicamente ele era impecável, não tinha defeitos.
Seu cotidiano era regrado, e construído na esteira da auto-negação e privação daquilo que aos outros seria tratato como "coisa normal".
Ele era quem fazia a representação do povo simples e comum diante de Deus, era o filtro por onde o Eterno falava, separado para Ele, pontífice.
Não bastava querer ser sumo-sacerdote, pois além dos requerimentos já citados, ele deveria ter genealogia pertencente à Arão.
Mas, sempre tem um "mas", correto!?
Ele era pecador, como os "comuns" da sociedade, e antes de oferecer sacríficio pelo povo, tinha que purificar-se a si mesmo de sua próprias mazelas.
Aos Hebreus mostra bem isto:
9:7 - Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;
Entrar sem antes purificar-se era o mesmo que saltar de pára-quedas sem o pára-quedas. Seria esmagado pela gravidade da Glória do Todo-Poderoso.
Ok. Feito o sacrifício e Deus o tendo recebido, o povo respirava aliviado.
Por pouco tempo. Muito pouco tempo.
O problema dos sacrifícios é que não havia produção de consciência, tanto para o sumo-sacerdote quanto para o povo, conforme Hebreus 9.9, não havia crescimento em Graça e conhecimento.
Era uma matança de bichos, que não produzia vida plena, alegria. No máximo uma pacificação momentânea que protelava a Ira santa do Eterno.
Não por causa de Deus, mas sim pelo homem, que ao pecar desfazia o sacrifício do pobre cordeirinho, vez após vez.
Mas.............e Graças por este "mas":
"12 - ...vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,

13 - Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.

14 - Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?

15 - E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna."
Em Cristo somos santificados, aliás nada pode ser alcançado sem que seja nEle.
O sacrifício dele é perene, Ele está vivo e continua sendo a garantia de nossa herança eterna.

"24 - Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;"


Agora nosso sacrifício é crêr nisso e descansar.

ESTA CONSUMADO.



E quem disse isto, não estava mentindo.




Nele, que é aquele que não achando nos céus e na terra alguém por quem jurar, jurou por si mesmo.


Jonathas Chagas.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pedro, tu me amas!?

"Pedro havia negado Jesus três vezes...
No entanto, para Jesus, a questão daquela manhã de sol nascente das alturas na quieta praia de Tiberíades era apenas uma: “Tu me amas?”Até na hora de lidar com a negação e com a traição, Jesus é completamente diferente de tudo e todos, e completamente coerente com Seu próprio Ser-Ensino. O Verbo se fez carne, por isso o Ser-Ensino de Jesus são um.O que diriam as nossas lógicas de amor?
“Se ele amasse, jamais teria feito o que fez” —e, assim, se atribui impecabilidade ao amor humano.
“Ama, mas não tem raízes em si mesmo” —diria a sofisticação psicológica.
“É egoísta demais para amar” —diria uma voz moral piedosa e certa.
“É cedo demais para perdoar você. O que fazes aqui entre os outros?” —diria o Mestre das Disciplinas.
“Nunca mais será a mesma coisa. Como poderei confiar em você outras vez?” —diria a razão mais humana e ressentida.
“Pode ser que ainda dê, um dia... quem sabe? Mas você terá que fazer um longo caminho de volta!” —diria um piedoso e quase esperançoso pastor de almas.
“Já que você insiste, verei do que você é feito. Colocarei um diretor espiritual para supervisionar você” —diria um ser crente na fabricação de caráter e de fidelidade.
“Sinto muito, Pedro, mas já não é possível. Você jogou fora a sua chance, embora eu o tenha advertido várias vezes”—diria a razão fria e justa.
“Você está perdoado, sem ressentimentos, vá em paz; pois não há mais clima para a gente prosseguir”—diria o melhor do homens.
“Logo você, em quem tanto confiei! Como pode fazer isso? Explique-me suas razões”—diria o bondoso justo.
“Meu Deus! E pensar que amei tanto você. Eu sou um santo idiota mesmo!”—diria um Deus com alma de esposa ou de marido.
No entanto, Jesus apenas pergunta: “Tu me amas?”E com isso Ele admite que o amor peca, trai, nega, se engana, enfraquece, pode ser egoísta, é capaz do impensável, é passível de repetir o mesmo erro, não apenas três vezes, mas até setenta vezes sete.Jesus não estava buscando perfeição, mas apenas um amor que pudesse ser aperfeiçoado no próprio amor... no Caminho.“Tu me amas?”—pergunta Ele três vezes. Ao que Pedro responde, dizendo, humilhadamente, um “sim” cheio de vergonha, e até se sentindo um sem caráter por ainda ter a coragem de confessar amor tendo negado.Pedro diz “sim, sim, sim”... mas não o faz sem a angústia de quem não quer ser visto como cínico!Pedro ama. Ama com amor que é dele, com o amor que lutava para ser amor no chão raso de sua alma. Mas era amor, e isso ele não podia negar. Ele admitia que negara Jesus, só não podia admitir que não amava Jesus. Jesus sabe que às vezes se ama apesar de... Jesus sabe que o único amor que ama sem nenhum apesar de... é o Seu próprio amor, de mais ninguém.Jesus ama os nossos amores, apesar de... Pois Ele sabe que quem não ama apesar de... esse deve se oferecer para ser o Salvador dos homens.“Tu me amas?”Pedro não tem mais o que dizer.
Provar amor? Meu Deus! Levaria o resto de sua vida, e teria que demonstrar isso não apenas com ações, nem com palavras apenas, e, se fosse o caso, deveria provar tal amor com dores de alma até a morte. Pedro não tem meios de provar nada. Não tem o poder de reverter quadros e nem de apagar memórias. E também não suportaria ficar gemendo o resto da vida num canto de sua casa a fim de provar a Jesus que o amava apesar de...Provar que se ama pode ser o inferno!Pedro está perdido. Quem o ajudará? Quem testemunhará em seu favor? Quem terá garantias a oferecer em seu nome? Quem seria o fiador de seu fracassado amor?A esperança de Pedro quanto a provar a Jesus que ele O amava era o próprio Jesus.“Senhor, tu sabes todas as coisas... e se as sabes, certamente tu sabes que eu te amo!”Assim, Pedro não tem argumentos, nem explicações, nem mesmo se oferece para padecer como prova eterna de seu amor ...no inferno do amor... Pedro não quer o inferno do amor... ele quer ser salvo do inferno de sua alma pelo amor... e só Jesus poderia fazer isso, pois somente Jesus sabia o que existia no coração dele.
Assim, ele está tão certo de sua total incapacidade de vencer os fatos esmagadores com argumentos ou mesmo com penitências, que ele apenas recorre a uma certeza: Jesus conhece meu coração!“Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que eu te amo!”Chega uma hora quando todos os argumentos cessam, quando não há explicações a serem dadas, quando toda fala é cinismo, quando todo gesto parece compensatório e auto-justificatório, e quando toda e qualquer promessa de fidelidade e lealdade apenas cerram sobre a alma a porta da masmorra das infindáveis penitências. Pedro amava, mas não queria que seu amor fosse sepultado vivo na morte!A resposta de Jesus é de confiança!Sim, Ele sabe que Pedro o ama apesar de Pedro, de seu egoísmo, de sua vacilação, de sua pusilanimidade, de seus ímpetos inconseqüentes, de suas coragens pouco resistentes, de seus vícios de fuga...“Pastoreia as minhas ovelhas... os meus cordeirinhos... esse povo que me ama como tu... que ama e que trai... Tu, que agora sabes quem és, pastoreia nesse amor esses que são como tu mesmo”.E conclui: “Agora, vem, e segue-me...”Jesus não bota o amor de castigo, parado no ponto e na esquina da negação, frizado na vitrine do espetáculo da fraqueza, preso para sempre aos seus próprios pecados.Jesus sabe que a cura para a traição e a fraqueza só acontece no caminho, enquanto se O segue, e no chão da vida, onde o amor terá a chance de ser amor, e não negação.Trai-se na vida. Ama-se na Vida. Nega-se na vida. Se é curado na Vida. Somente na vida o que é, é; e pode se manifestar!Sem que seja assim o que resta é deixar Pedro em Tiberíades para sempre, envolto nas malhas de suas angústias, pescando os peixes que fogem dele, existindo numa seqüência de dias que já lhe são o próprio inferno.
Nossa salvação é uma só: O Senhor sabe todas as coisas, e quem sabe que ama apesar de... não tem outra chance se não confiar no que Jesus sabe em nós e acerca de nós, pois se o que há em nós é verdade, Ele em nós aproveitará toda verdade de amor para o nosso próprio bem.

Confie. Ele conhece você!

Caio."

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Deus ama você....e sua vida!?

Primeiro, do ínício para que entendam o contexto:

Estava eu a pedalar, tenho feito isto ultimamente por causa de uma saliência abdominal que custa a me querer abandonar (a banha é mesmo uma companheira fiel!).

Li de tudo pra resolver o problema. "Será que fazer um milhão de abdominais resolveria?" Não. Nada resolvido.

Daí, comprei uma magrela. Não é que ajuda mesmo!? Tremenda invenção do homem!

Acordei numa terça-feira às 6:00 da manhã e saí para pedalar. Depois de uns 40 minutos passei por uma Igreja Católica Apostólica Romana (nome e sobrenome...:)...) e me interessei pela faixa estendida por sobre os umbrais da construção.

Nela estava escrito em letras garrafais:

DEUS AMA VOCÊ E SUA VIDA.

Tá. Ok. Como assim?

Se ele me ama, significa que ama minha vida. Como separar o "ser" do existir? A premissa de existir é viver.

Pensei isto na hora. Bom, não na hora exata, algumas centenas de metros adiante....rs

Mas, é preciso pensar além.

Daí fui relembrando conceitos da escritura e logo cheguei a conclusão que aquela faixa estava dizendo algo contrário a Palavra do Evangelho.

Deus nos ama. Isto é fato.

Agora, se traduzirmos "vida" por "maneira de viver", Deus ama ou ODEIA.

Nas Escrituras vemos isto por dezenas de vezes; Deus abomina a maneira de viver de muitos pernonagens bíblicos, e mais, Ele muitas vezes odeia a nossa própria maneira de viver, de conduzir as coisas.

Imagine o seguinte:

Teu melhor amigo é um viciado em cocaína. Você o ama correto? E quanto ao modo com ele leva a vida, ama também? Impossível, pois o seu amor por ele o leva direto a odiar o seu modo de vida destrutivo.

Ora, com Deus é o mesmo. Ele sente isto em relação a nós.

O Pai nos ama com toda intensidade imensurável de seu mais puro amor, este sentimento tão profundo fez com que Ele não nos poupasse seu Filho.

Mas não confundamos o fato dele nos amar, com nossa maneira destrutiva de viver.

Deus nos aceita com somos, mas seu amor quer nos transformar à sua imagem.

A Graça que aceita, é a mesma que transforma.

Bom, daí pra frente...só pedalei mesmo.

Com carinho.

Jonathas Chagas

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Um pouco de pesca e fé.

"E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede."
(Lucas 5:5)
Uma coisa é o que a circunstância diz. Outra coisa é o que Cristo nos pede para fazer.
Fé não olha o contexto, mas nem por isso pode ser considerada cega.
Fé é mover os olhos para Cristo e sua Palavra.
A Fé em sua palavra nos dá certeza até das coisas que não se esperam e se torna a prova cabal daquilo que não vemos.
Confiados nEle, podemos mesmo depois de uma noite inteira de pescaria mal-sucedida, de horas e horas fisgando "pneus", "garrafas" e outras tralhas, ainda lançarmos as redes de nossa esperança sob um mar de poucas possibilidades.
Com Pedro foi assim. Conosco também.
A rede não foi lançada sobre a água naquele dia, simplesmente porque o mar não estava pra peixe.
Pedro escolheu lançá-la sobre a Palavra do Mestre.
As palavras de sua boca são espírito e vida. São de fato poder de Deus.
Foram elas que fizeram o barco do pescador Pedro se encher até fazer água pelas bordas!
Foram elas que fizeram água virar chão para que o mesmo Pedro caminhasse sobre os olhos assustados dos outros discípulos.
"Senhor, que meus olhos estejam fitos em Ti. Que eu caminhe firmemente na certeza de que mesmo desconhecendo o caminho, tua Palavra faz água virar chão debaixo dos meus pés.
Se eu afundar em minha dúvidas, que Tua mão onipotente me segure. Amém"
Nele, que chama a existência aquilo que jamais existiu.
Jonathas Chagas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O CAMINHO DA GRAÇA É O CAMINHO DA CRUZ.

"Sim, não há outro caminho a fazer senão o CAMINHO DA CRUZ todos os dias e o dia todo.
Penso que esta deveria ser a única competição entre os discípulos de Jesus de Nazaré, quem chega primeiro à Cruz, aos pés da Cruz, "DE ONDE JORRA RICA FONTE", como dizia o poeta. Até porque é inevitável que corramos pra lá, pois, seja em pensamentos, palavras, gestos, atos e atitudes, enfim, sempre estamos cometendo algum delito. O Caminho da Cruz é o caminho do recomeço sempre. Ali eu oro, choro, reclamo, ouço, murmuro, espero, mas é dali que saio pra vida sem pesos, sem culpas, sem embaraços, esperançoso, já que ali na Cruz eu e tudo que existe neste universo fomos reconciliados com o Criador. No Caminho da Cruz eu recobro a consciência plena e expando a minha mente de modo que passo a compreender o que fiz ou deixei de fazer e as conseqüências disto tudo.
No Caminho da Cruz sou perdoado, resgatado, restaurado e reanimado a lidar inclusive com as conseqüências dos meus erros, dos meus desvios, das minhas mazelas pessoais, dos meus traumas, das minhas memórias estranhas. No Caminho da Cruz não sou nem melhor e nem pior que os outros. Sou mais um atingido pelo amor escandaloso da Cruz. Quando chego ali, me nivelo, me equilibro, me ponho no lugar que devo sempre estar, isto é, curvado, reverente, quieto, silencioso, pois, ali sou aspergido por gotas que mancham positivamente a minha vida. Manchas que são reconhecidas na eternidade. Mancha que é espetaculo para todos os seres viventes no universo. A mancha da Cruz, a mancha do sangue ali derramado. A mancha que me arrancou do império das trevas e me levou para o Reino do Filho do Seu Amor.
Não são poucas as vezes que tenho que responder perguntas do tipo: "E AGORA, PRA ONDE VOU? O QUE FAÇO? . Bem, não tenho outra resposta, VOLTE PARA O CAMINHO DA CRUZ. Corra para os pés da Cruz. Aquiete-se lá. Chore lá. Grite lá, mas, é ali que eu e você devemos ir sempre. Somos como aqueles filhos que quando corrigidos pelos pais, agarram-se nas pernas do pai e mesmo recebendo a correção que doí, preferem ficar ali, grudados aos pés do pai, pois, sabem que são amados, sabem que aquela correção conquanto dolorida na hora é o que lhe dará segurança prá vida. Aos pés da Cruz eu e você dizemos ao Criador; "...PAI, CORRIJA-NOS, MAS, NÃO NOS LANCE FORA DA SUA PRESENÇA.." O CAMINHO DA GRAÇA É O CAMINHO DA CRUZ. Um desemboca no outro. Se misturam. Não é possível fazer um e não fazer o outro. Não é uma questão de escolha, mas, de reconhecimento. OU A CRUZ VALEU PRA TUDO OU NÃO VALEU PRA NADA. Crendo assim, prefiro o Caminho da Cruz que é o Caminho da Graça, que é, o caminho feito pra dentro de si mesmo e pra dentro daquEle que ó o próprio Caminho. " EU SOU O CAMINHO..." disse o Nazareno. Deus te guarde no Caminho da Cruz, este lugar seguro pra se estar e ficar."
(Escrito por Carlos Bregantim.)
Nele, que é tanto o Caminho quanto O Companheiro de caminhada.
Jonathas Chagas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Evangelho....puro e simples.

"Por que Jesus mandou pregar o Evangelho?


Primeiro devo começar com o que não é objetivo do anuncio do Evangelho, mas que entre a multidão dos discípulos equivocados, é aclamado como sendo parte do objetivo do Evangelho.
Não é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado a fim de fazer as pessoas mudarem de religião.
Nem tampouco para que as pessoas passem a freqüentar um templo, nem para cantarem hinos para Jesus "entre chineses ou hindus, esquimós ou índios nus", como dizia o "corinho" da Escola Dominical.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que o Cristianismo se expanda na Terra. Deus não é cristão, contrariamente ao que alguns dizem: "O Deus cristão é..." assim ou assado...
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para despovoar o inferno e povoar o céu, como se tudo dependesse da iniciativa do "cristianismo" para a salvação humana.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que os crentes sejam "glorificados" na Terra.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para batizar pessoas usando muita ou pouca água.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que se discuta com os novos convertidos o resto da vida acerca de quem joio e quem é trigo.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para criarmos impérios de comunicação cristãos.
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para qualquer coisa que não seja a encarnação do bem do Evangelho no coração das pessoas.
"O Evangelho é a noticia de Deus aos homens, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo todo."
Jesus não ergueu nada fora do coração humano, correndo todos os riscos de tal "confiança" na natureza humana, pois, de fato, fora do coração não cabe nada que seja essencialmente reino de Deus.
Qualquer bem do Evangelho será sempre vida. E vida como o ensino e conforme a prática de Jesus, no espírito de tudo o que Ele viveu e, assim, ensinou.


O Evangelho, portanto, antes de tudo é Reconciliação.


Sim! É Reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo e com o próximo, mesmo que o próximo seja inimigo, pois, assim como Deus se reconciliou conosco sendo nós inimigos de Deus no entendimento e nas praticas de obras perversas e alienadas, ainda assim Ele nos amou e nos ama, e, unilateralmente se reconciliou conosco.
É Reconciliação com Deus porque Deus a fez e feita está. Assim, não há o que discutir, mas apenas dizer "quero" ou "não quero".
É Reconciliação do homem consigo mesmo porque Deus o perdoou. Portanto, perdoado está todo homem que creia que está perdoado; e assim viva como quem crê que está perdoado, perdoando outros, como Deus em Cristo o perdoou.
É Reconciliação do homem com seu próximo, pois, quem foi perdoado de tudo, perdoa tudo e segue em amor.


Portanto, é apenas Reconciliação que o Evangelho carrega como objetivo.


Por causa disso, o Evangelho é também Reconciliação do homem com o todo da criação de Deus, pois, se o que existe é de Deus, e nós dizemos que Dele somos, o natural é amar a tudo o que Ele criou, e proteger cada coisa para ter sua própria existência.
Se a pregação gera isto como vida, então é o Evangelho que se está pregando. Mas se não gera, ou é porque quem ouve não quer ou não entende;ou, então, é porque não é o Evangelho que está sendo pregado.
O Evangelho ensina tudo, menos uma religião. Aliás, desde que João disse que na Nova Jerusalém não há santuário que ficamos sabendo que o Evangelho é ateu de religião.
É simples assim.
O Evangelho é o bem das ovelhas de Jesus em todos os outros apriscos.
Ora, o Evangelho pode ser o bem de Jesus até para cristãos, quanto mais para todos os homens.

É ou não é?

Caio"

Acrescentar o que depois disto!? Fico aqui, torcendo para que você entenda.

Candidato a servo,

Jonathas Chagas

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Andando um pouco pelo litoral.

Aos "pedregulhos" que lêem minhas sopa-de-letrinhas no blog ; senti imensa saudade! Gosto deste espaço solitário, que as vezes se torna povoado, muito embora quase sempre seja assim ; eu-comigo mesmo e minhas idéias.

Ao lado algumas fotos da minha andança pelo litoral norte de São Paulo, que de São Paulo não tem nada, a não ser algumas placas dos carros que de lá vêm.
Depois de ler as Escrituras com os pés na areia e escutando o vai e vem das ondas, cheguei a conclusão de que começarei a escrever sobre o Evangelho aqui no Blog, quem sabe todo dia, quem sabe quase nunca, de uma coisa tenho certeza; será quando tiver de ser, e sempre será com a verdade do coração, de acordo com as "ondas" do Espírito e o soprar dos seus ventos.
Deixo um beijo a todos vocês e um abraço muito apertado e demorado!


Da minha parte, continuo andando no caminho.

O caminho é uma pessoa.



Candidato a servo,

Jonathas Chagas.






















quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A Igreja e a "igreja"

Deus disse : "Haja luz!" e houve luz.

Até hoje, não encontrei um "Haja igreja!", mas de fato houve igreja.

Se ao ler isto, você pensa: "Este homem ficou doido? Claro que Deus institui igreja!".

Antes de me atearem fogo, ou cortarem minha cabeça; Existe uma diferença muito grande entre Igreja e igreja.

A Igreja, com "I" maiúsculo, é corpo de Cristo na terra, ela não pode ser classificada em números, não há estatísticas que apontem seu tamanho ou sua abrangência. Dela fazem parte todos aqueles que experimentaram o novo nascimento, em Cristo. Contra ela, "as portas do inferno não prevalecerão", perseguida, ela se espalha e cresce ainda mais. Esta Igreja resplandece, tempera e dá luz ao mundo. Esta Igreja se move em direção ao necessitado sobre pés formosos, toca o próximo com mãos carinhosas, vê a aflição do justo com olhos graciosos e misericordiosos, esta igreja tem sede e fome de justiça. Esta Igreja pensa, reflete, pondera, RE-pensa, chora, ri, se decepciona, cai, levanta, bate a poeira e continua.

Esta Igreja é você.

A igreja, com "i" minúsculo, é a instituição. Ela tem CNPJ, paga contas, tem fornecedores, funcionários e tudo aquilo que é necessário para a sobrevivência de uma empresa, inclusive o lucro. A igreja é aquele lugar com bancos, púlpito, portas e janelas, onde vamos aos domingos. A igreja tem estatuto, tem regras, tem custumes, como um clube recreativo. "Aqui é proibido entrar de bermuda." diz a placa. Seria normal se estivessemos falando de nadar ou jogar bola e não da salvação das pessoas e de como certas "ordenanças piedosas" afastam gente boa e sedenta dos locais onde poderiam ao menos escutar alguma mensagem de Deus que os curasse.
A igreja esqueceu que o "sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado", esqueceu que Jesus dá mais importância ao que o homem é do que à leis e ordenanças, do contrário ele jamais teria curado num sábado. "Ah! Mas você está falando do sábado!" Ora, as ordenanças serão sempre ordenanças, e homens serão sempre homens, e igreja precisa escolher, o homem ou a regra, o coração ou a aparência, a forma ou a essência, a bermuda ou o jovem sedento precisando de misericórdia?

Há uma desvalorização da Igreja e uma super-valorização da "igreja".

Ora, o que seria da igreja se não fosse a Igreja? O problema é que pensamos o contrário disso: "o que seria de mim, se não fosse da"igreja"!?".

Nos sentimos culpados por não irmos a igreja, mas não nos sentimos culpados por não sermos Igreja onde quer que estejamos, triste não?

"Deus não habita mais em templos feitos por mãos de homens." - igreja não é lugar santo, imaculado, o púlpito não é um "oráculo sagrado". Nós somos templos, habitação de Deus, morada do Altíssimo, lugar santo, tabernáculos da Nova Aliança.

Quem tem ouvidos ouça, o que o Espírito diz à Igreja.

Recebam meu carinho e respeito.

Candidato a servo,

Jonathas Chagas.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Entendendo o que não é Graça.

Quando pensamos sobre Graça, quase sempre temos a impressão de que não sabemos nada sobre o assunto.
Se perguntado por um mendigo; "o que é Graça?". Eu responderia, mas ele entenderia? Ou será que eu responderia de fato, afim de que ele absorva de acordo com seu conhecimento? (ou a falta dele). Bom, pode ser que eu nem mesmo saiba responder...

Se perguntado por um Phd em Física Quântica, eu responderia a ele de que modo? Faria uma tese do que é Graça? Esperaria dele uma antítese!? Minha definição teria tópicos, sub-tópicos e conclusão? Eu usaria recursos de tapabilidade no meu discurso?
Se eu fosse refutado, diante da Palavra da Graça, o que faria? Defenderia o "tema" assim com Pedro fez com Cristo, cortanto a orelha do opositor!? Opa, parece que escuto um galo cantando!

Quando pensamos que Graça é um assunto, então é apenas isto que ela se tornará para nós, um conceito que pode ser debatido, dissecado e até refutado.
Quando pensamos que Graça é um livro falando do tema, então é isso que ela se tornará, um punhado de folhas, que abro quando quero e fecho quando me "dá na telha". Sim, estou falando da Bíblia. E sim, abrem bem pouco este livro, e quando o fazem fecham o coração, para que seja apenas leitura.

Quando pensamos que a Graça é uma moeda de troca, como aquelas para máquinas de refrigerante, então é isto que ela se torna, e pior, nos re-torna a hipocrisia. Na prática funciona assim:
"É pecado! Ah! Mas eu quero...quero ver. Não! É pecado! Ah! Mas tem a Graça...."...daí você coloca a mão no bolso, tira uma moedinha pra comprar um latinha de "pecado", afinal de contas "já está pago! Aleluia!", né!?

São muitos modos desfocados de se ver a Graça.

Não entendo a Graça, sou sincero. Talvez porque não seja eu quem entregou um Filho pra morrer por seu inimigo, tampouco fui o Filho que obediente disse "se possível passa de mim este cálice, todavia seja feita a Tua vontade".

Sei o que a Graça não é, simplesmente porque provei seu inconfundível sabor.

Graça não é assunto, é Vida.
Graça não é forma, é essência.
Graça não é mensurável, é Graça!
Graça não é retribuível, é Graça!
Graça não é moeda de troca, isso é Gra-xa, DES-graça.
Graça não é permissiva, é Graça!
Graça não é limitada, é Graça!
Graça não é cega, é Graça!
Graça não é.........tudo que você tem certeza que ela é.

Ao fim deste texto, contradizendo minhas palavras acima, lembrei-me de algo que a Graça é;

UMA PESSOA. JESUS CRISTO.

Segui-O.

Saúdo meu amigo-irmão-companheiro-maltrapilho-agraciado Felipe Cardoso (obrigado pelas palavras de sempre).

Seu servo inútil,

Jonathas Chagas.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Deus contém todas as Igrejas, mas todas não O contém.



"Deus contém todas as coisas porém nada O contém" Santo Agostinho.

Meus "pedregulhos", aqui estou eu novamente!! (esperançoso)
E não foi que pra minha espantosa alegria tinham duas pessoas atrás da pedra? (aquela pra quem eu falei ontem...rs). Um abraço carinhoso aos pioneiros-companheiros-corajosos ; Huldyana Paiva (primeira comentarista do "cristaomaltrapilho"!!) e Héber Lima, obrigado pelos encorajamentos!

Outro dia observei esta foto dezenas de vezes, procurando um centelho de Graça, algo que se revelasse pra mim como sendo Palavra de Deus.

Um peixe, preso dentro de uma jarra de vidro, na beira do mar. Não vejo Graça, vejo Religião.

Santo Agostinho foi um cara que derrubou muitos muros que haviam dentro de mim, acho que estes muros não eram tão fortes como achei que fossem. Eu rotulava a Deus, colocava nEle um limite de atuação, uma placa de Igreja, atribuia a Ele jargões infantis e resoluções infundadas, figurava-o hora como um Pai bondoso, hora como um velho barbudo iracundo. Via Deus ao meu modo, e isto variava de acordo com as estações da minha alma, as oscilações do meu caráter e medos existências.

A Religião tem sua parcela de culpa, mas assumo meu conformismo, que por muito tempo permitiu que enxerga-se o mar imensamente navegável que é Deus, à partir de um prisma limitado por paredes, tijolos, liturgias, formas de culto, moda (costumes) e dieta (não coma isso, não beba aquilo!).

Na jarrinha da Religião pode até haver água para o peixinho não morrer, mas obstante isto, não há espaço pra nadar, pra viver. Ali dentro existe um pedaço do mar, alguns poucos litros, mas que depois de um tempo se tornam água morta, porque não há fluxo, não há Vida.

As paredes da Religião são de vidro, nos permite sermos vistos, nos permite ver, mas não nos permite interagir com o mundo externo. Dietrich Bonhoeffer em O Discipulado conta que o maior surto de Lutero foi quando, diante da manifestação da Graça de Deus, mediante o conhecimento da justificação que só encontramos em Cristo pela Fé, ele "descobre" que a Igreja como instituição histórica era "mundo", e que ele não deveria se conformar com este mundo, mesmo sendo igreja.

Somos o sal e a luz do MUNDO. Enquanto nos reunirmos na igreja, pra lembrarmos uns aos outros que "não devemos ser como o mundo", tendo como premissas o "não cortar o cabelo como o mundo", "não vestir roupas do mundo" e "não ouvir música do mundo" então de nada serviremos, senão para sermos "jogados no chão e pisados pelos homens" . O sal no saleiro não tempera com sabor de vida o mundo, tampouco luz debaixo da mesa ilumina a casa.

Estoque 1 kilo de sal por 10 anos, depois o use para temperar "aquela" Picanha maturada. Não me chame pra comer, não gosto de carne sem sabor....rs

Seu servo inútil,

Jonathas Chagas

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um ínicio que pode também ser um fim...

Hoje em dia todo mundo é "blogger" (escrevi certo!?).

Estive pensando em escrever todos os dias, daí a primeira questão me veio a mente; Jonathas, escrever pra quem!?Alguém lerá isto!?Porque se interessariam por lêr!? Sei lá, digo eu "pra mim eu mesmo".

Hoje cedo me ocorreu que meu prazer pela escrita não está diretamente ligado ao fato de que alguém lerá, simplesmente porque ninguém lerá mesmo..rs

Se o meu prazer por escrever fosse dependente do favor de alguém ler o meu escrito, então este prazer estaria em ser lido e não simplesmente em escrever, como alguém que pinta um quadro para nunca pendurar na parede de uma galeria de arte e mesmo assim encontra motivação para continuar pintando. (não que meus escritos sejam obras dignas de exposição...rs).

Farei como aquele homem que compelido por Deus pregou para uma pedra à beira do caminho, sem saber que lá havia outro por de trás da pedra, ouvindo.

Encerro por aqui a discussão sobre escrever "pra ninguém ler". Deus o sabe.

Escreverei de acordo com a demanda do coração, pode ser todos os dias, pode ser toda hora, pode ser de vez em quando, pode ser de vez em nunca ou esta pode ser minha última postagem.

Poxa, se esta fosse minha última postagem, eu escreveria algo importante, alguma coisa que fosse de fato marcar a vida de quem estivesse lendo.

Então minha derradeira frase seria;

Amor.

Pequena demais!? Pois é...tente então vivê-la.


Graça, Paz e muito amor!

Jonathas Chagas
Um cristão maltrapilho